segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia e Sarney comentam retirada do “Deus seja louvado” do real

A Procuradoria da República no Estado de São Paulo pediu à Justiça Federal
que determine a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de reais.
A ação pede, em caráter liminar, que seja concedido à União o prazo de 120 dias para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase, anunciou nesta segunda-feira (12) a procuradoria. Dessa forma, a medida não gerará gastos aos cofres públicos, diz o Ministério Público Federal em São Paulo.
“O Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa”, cita a procuradoria, como um dos principais argumentos da ação.
Uma das teses da ação é que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras. Como argumento, o texto cita princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, reconhece que a maioria da população segue religiões de origem cristã (católicos e evangélicos), mas lembra que o país é um Estado laico.
A ação também pede à Justiça Federal que estipule multa diária de R$ 1,00 caso a União não cumpra a decisão. A multa teria caráter simbólico, “apenas para servir como uma espécie de contador do desrespeito que poderá ser demonstrado pela ré, não só pela decisão judicial, mas também pelas pessoas por ela beneficiadas”.
Em 1986 o então presidente da República, José Sarney, solicitou a inclusão da frase “Deus seja louvado” nas cédulas da moeda brasileira, por isso, hoje como senador o ex-presidente resolveu comentar sobre o pedido da Procuradoria Regional de Direitos dos Cidadãos de São Paulo em retirar a expressão das notas de real.
“É falta do que fazer”, disse o presidente do Senado. “Precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. De maneira que não podemos jamais perder o lado espiritual”, afirmou.
Sarney não concorda com o pedido do Ministério Público de tirar a frase das próximas notas que forem produzidas pelo Banco Central. No pedido da Procuradoria a exclusão da expressão deve ser feita por desagradar os brasileiros que não acreditam em um Deus e aqueles que frequentam religiões onde não há uma divindade suprema.
Mas defendendo seu posicionamento, José Sarney disse que sente “pena” do 
homem que não acredita em Deus e reafirma que os dizeres não ferem a
Constituição que foi assinada “sob a proteção de Deus”.

fonte: http://portaldt.com/silas-malafaia-e-sarney-comentam-retirada-do-deus-seja-louvado-do-real/
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